O Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional realizou no Vale do
Rio da Luz, no Município de Jaraguá do Sul (SC), uma Audiência Pública para
debater em conjunto com a comunidade os parâmetros, regramentos e diretrizes
relacionados à preservação dos bens tombados naquele vale, incluindo o Texto
Alto, no território de Pomerode (SC), pois são considerados Patrimônio Cultural Brasileiro.
A história do inicio da colonização
remonta o ano de 1864, quando Emil Odebrecht abriu o Caminho Passo Concórdia,
ligando os atuais municípios, Pomerode e
Jaraguá do Sul. Ou seja, ligando as localidades de do Rio do Testo ao Rio da
Luz, consequentemente, abrindo o primeiro caminho para circulação de pedestres,
cavaleiros e carroceiros.
Com essa iniciativa naquele
longínquo ano, acelerou-se o
assentamento naquelas comunidade rurais de povos de origem germânica como, pomeranos e alemães, inclusive com a presença de
algumas famílias de suecos.
Passado mais de um século de
reminiscências, os dois municípios foram incluídos como áreas de Paisagem
Cultural Brasileira, no cadastro e registro de patrimônio nacional, um orgulho
para quem conheça a história e o legado cultural dessa colonização.
A ação do tombamento durante anos
foi escondida sob o tapete das salas dos gabinetes da classe política, o que
abriu caminho para inúmeras controvérsias e desgostos, em dez anos de tombamento.
Todavia, o retorno da equipe do
Iphan, em 29 de agosto de 2017 trouxe novas perspectivas, pois a comunidade
compareceu visando apontar a insatisfação, bem como ouvir quais os caminhos,
que serão construídos com a nova portaria de regramento, que será elaborada
coletivamente, através de amplas discussões em cinco grupos de trabalho, Rio da
Luz I, Rio da Luz II, Rio da Luz Vitória, Rio da Luza (lado pequeno ou
logradouro Erwin Rux) e Sohnstiefe.
Entre acalorados debates, com a
presença de lideranças de influências no campo político ou voluntariado, dos
municípios de Pomerode e Jaraguá do Sul escolheu-se o caminho do diálogo
construtivo, fundamentado no planejamento cooperativo e participativo.
Agora, é o momento de colaborar e
construir os parâmetros, através de diálogos construtivos, para salvaguardar a
história do povo vencedor, o pomerano - brasileiro e o teuto-braisileiro.
Ademir Pfiffer – Historiador
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