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domingo, fevereiro 24, 2008

Jaraguá do Sul mantém viva a comemoração dos feitos dos filhos de sua terra na Itália, depois de 63 anos.

Todos os anos os moradores da cidade de Jaraguá do Sul, no mês de fevereiro, vão à antiga Estrada do Trem, hoje Avenida Getúlio, na antiga Praça Tenente Leônidas Cabral Herbster, hoje designada de Expediconário. No local foi edificado um monumento para homengear os Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e os últimos ex- Pracinhas, sobreviventes do teatro de operações da Segunda Grande Guerra Mundial.
O monumento, edificado é um símbolo de resistência dos países "Aliados", contrário aos países do "Eixo" (Alemanha, Itália e Japão), de regime ditatoriais.
Em Jaraguá do Sul, os ex-Pracinhas continuam sendo os ícones e testemunho ocular desse episódio, que evergonhou as páginas da história do mundo ocidental. Foram convocados desta cidade e região do Vale do Itapocu, diversos jovens à servir o Exército Brasileiro, cujo o montante de soldados compuseram a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que foi ao solo italiano, aliada dos Estado Unidos da América, a combater as forças do nazio-fascismo.
Por isso, neste 23 de fevereiro, os brasileiros em algum dos rinções do Brasil, os mais patrióticos foram às praças homenagear a data festiva de 21 de fevereiro, sobretudo os ex-Pracinhas.
Portanto, comemorar a tomada do Monte Castelo, no território da Itália, para nós moradores de Jaraguá do Sul é realizar um dia dedicado às reflexões e dar uma volta ao passado, para nao esquecê-lo.
Por meio desta coleção de imagens digitais, veja o que aconteceu em 23 de fevereiro, quando o Prefeito, o Sr Moacir Bertoldi compareceu ao ato cívico, juntamente com as autoridades militares do 62º BI, da cidade de Joinville:

O Sr Anselmo Bertoldi, ex-Pracinha e atual Presidente da Associação Nacional Veteranos da FEB- S. R. Jaraguá do Sul, discursando sobre a significativa data de 21 de fevereiro.

O Sr Moacir Antonio Bertoldi, autoridade do Executivo jaraguense, em nome do povo enalteceu a figura dos heróis, os ex-Pracinhas, no combate aos regimes ditatoriais na Europa, no de 1945.
Sidnei Marcelo Lopes, mestre de cerimônia da solenidade cívica em homenagem aos "febianos".

Comandade do 62º BI, de Joinville; Natália Lúcia Petry, diretora da Fundação Cultural; Dra Rose Puccini Vasel, Vice-Prefeita; Moacir Antonio Bertoldi, Prefeito e Anselmo Bertoldi, Presidente da Associação Nacional Veteranos da FEB - S.R. Jaraguá do Sul, dos ex-Pracinhas.

Monumento dos ex-Pracinhas, um ponto de encontro de famílias e memórias. A solenidade neste 23 de fevereiro simboliza o respeito a esses heróis da nossa Pátria.
Autoridades hasteando os pavilhões símbolos da nossa Pátria. A execução do Hino Nacional no ato cívico trouxe recordações de um episódio, que provocou profundas rupturas na civilização ocidental, durante o século XX.
Um momento sublime, registrar para a posterioridade, que o ex-Pracinha sempre foi venerado e tratado com respeito pelas novas gerações.
Em Jaraguá do Sul, os governos municipais nestas duas últimas décadas, seguidamente, organizaram diversas cerimônias ou solenidades públicas, aos ex-Pracinhas, visto a reconhecê-los como cidadãos de alta estima e heróis nacionais.
Momento de encerramento do ato cívico, que reúniu os familiares dos ex-Pracinhas, imprensa e a comunidade.
Recolhimento dos pavilhões pelos amigos e sócios da Associação Nacional Veteranos da FEB - S.R. Jaraguá do Sul.
Esta Sra posou com seu filho, ao lado do ex-Pracinha Anselmo Bertoldi, cuja imagem é um registro histórico para a cidade e o jovem cidadão.
Comandante do 62º BI, ladeando pelos ex-Pracinhas e o Sr Ivo Kretzer, também membro da AssociaçãoNacional Veteranos da FEB.
A Bandeira da entidade carrega na estampa, as lutas dos familiares pelo reconhecimento dos direitos dos ex-Pracinhas. Hoje, a nova geração colhe os frutos dessa luta histórica.
ANJaraguá, por meio de sua repórter Sônia Pillon destacou a solenidade cívica, de 26 de fevereiro:
A bravura lembrada e homenageada
Ex-pracinhas e familiares participaram de ato em frente ao Monumento dos Expedicionários
O ato heróico dos que tombaram e a bravura dos soldados brasileiros que participaram da Tomada de Monte Castelo, no centro-norte da Itália, em 21 de fevereiro de 1945, durante a 2ª Guerra Mundial, foram lembrados durante solenidade cívica na manhã de sábado, em frente ao Monumento dos Expedicionários, em Jaraguá do Sul. Considerada a primeira de uma série de vitórias que se sucederam até a derrubada do nazismo, a comemoração que rememorou o histórico triunfo de Monte Castelo foi cercada de pompa e emoção dos ex-pracinhas e seus familiares. A homenagem atraiu também a curiosidade das pessoas que passavam apressados pelo local, no trajeto que liga a praça ao terminal de ônibus urbano.
CivismoHeroísmo dos que tombaram e dos sobreviventes emocionaram os participantesOrganizado pela Fundação Cultural, o ato solene atraiu quatro dos 56 ex-combatentes do front italiano, pelo menos dois dos que combateram na Revolta de Suez, em 1962, familiares e amigos. O prefeito Moacir Bertoldi, a vice Rosemeire Vasel e secretariado participaram, ao lado de representantes da Câmara de Vereadores; do comandante do 62 Batalhão de Infantaria de Joinville, tenente-coronel Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves; e da tenente Arlene Vilela, que representou o 14º Batalhão de Polícia Militar.Sentados nas cadeiras reservadas, lá estavam os ex-pracinhas Fredolino Kretzer, João Rodolfo Hauck, Hercílio Spézia e Walter Carlos Hertel, visivelmente emocionados. O presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) seção Jaraguá do Sul, Anselmo Bertoldi, 88 anos, iniciou os pronunciamentos. Pouco antes de começar a solenidade, Anselmo lembrou da importância que foi para ele participar de momento histórico tão importante para o Brasil. Grande parte dos jaraguaenses que morreram na guerra hoje estão imortalizados em nomes de ruas no centro da cidade.Os ex-combatentes, que já tiveram o Museu do Expedicionário onde hoje funciona o espaço comercial do Terminal Urbano, hoje tem parte do acervo instalado em sala temática do Museu Histórico Municipal Emílio da Silva. Durante o resgate histórico, o prefeito Moacir Bertoldi se comprometeu mais uma vez de providenciar outro espaço para o Museu do Expedicionário.
sonia.pillon@an.com.br
Histórias que jamais poderão ser esquecidas
Elegantemente trajado em seu terno azul-marinho, o presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) seção Jaraguá do Sul, Anselmo Bertoldi, recorda com orgulho da participação que teve no teatro de operações da itália, onde atuou como padioleiro, aos 22 anos de idade. Ele nunca esquece do pavor que tomou conta dos pais ao ser convocado para servir na FEB, integrando o exército aliado dos norte-americanos.
MarcaParticipação de jaraguaenses na Revolta de Suez também mereceu monumento A memória do ex-pracinha surpreende quando cita datas e acontecimentos marcantes. “Essa data tem grande significado! Estamos reunidos em memória dos 453 brasileiros mortos e 2.222 feridos. Para nós é uma honra estar aqui, acompanhados dos familiares”, declara, em tom solene. Como padioleiro, correndo para socorrer os feridos do campo de batalha e enfrentando o rigoroso inverno europeu, ele lembra que viveu muitas emoções. “Os companheiros pediam misericórdia e a gente procurava fazer tudo para que se salvassem. Graças a Deus, vencemos a guerra e voltamos vitoriosos e felizes.”Com porte altivo, o ex-combatente da Revolta de Suez (canal entre a Europa e a Ásia), em 1962, Avelino Alberton, 67 anos, fez questão de tirar do armário sua camisa verde-oliva para comparecer à solenidade que lembrou a Tomada de Monte Castelo. Ao seu lado estava José Nicoletti, 70, outro ex-combatente. A participação dos jaraguaenses no conflito é lembrada no monumento vermelho de metal localizado ao lado do mercado municipal. “A gente fica emocionado com uma homenagem dessa. Eu estive em Monte Castelo para conhecer o monumento aos pracinhas brasileiros. A gente se orgulha porque os brasileiros são muito festejados lá fora.”

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