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sábado, março 24, 2007

Um gaúcho com os acordes da música alemã, que veio ao Encontro de Músicos da Cultura Alemã
11/03/2007
O Botafogo Futebol Clube recebeu a honrosa visita do Sr Pedro Dahmer, durante o IIº Encontro de Músicos da Cultura Alemã. Para a Comissão Organizadora deixou o seu CD, o qual é repleto de músicas alemãs que recordam a memória musical dos nossos imigrantes alemães. Abaixo revelamos o seu Projeto Musical fundamentado em bases claras, pois o mesmo é fiel à cultura que representa.
Lançamento de CD em alemão -

O que é o projeto:

É a intenção de reconectar os descendentes de origem germânica com a sua verdadeira identidade cultural-musical. Estes, num processo de acomodação, foram deixando seus verdadeiros valores culturais que os identificam, para adotar como sua uma cultura que verdadeiramente não penetra nas profundezas da sua alma.
A idéia é trazer ao público brasileiro a essência da Volksmusik alemã, histórica e atual (Schlagermusik), e ao mesmo tempo, oportunizar futuramente ao público de fora do Brasil o conhecimento da música popular brasileira. A intenção fundamental é que se possa introduzir na mídia brasileira a Volksmusik não somente em sua versão original, mas também com o acréscimo do estilo, improviso, simpatia, alegria e calor que tão bem caracterizam o povo brasileiro.
Não existe praticamente nada na mídia brasileira em relação à música popular em língua alemã. Um país com tanta riqueza cultural-musical não deveria deixá-la esquecida e sim adicioná-la ao vasto leque cultural existente. Prevalecem outros interesses e a música em língua alemã se restringe a poucos municípios do interior, onde se executam somente músicas de bandinhas, misturadas a “bailões”, com os quais sempre são relacionadas e confundidas, não correspondendo, realmente, ao verdadeiro sentido histórico da autêntica volksmusik.
Percebendo “in loco” o esforço da Alemanha na luta pela reunificação após a queda do muro de Berlim, com a união do país e com a incorporação à personalidade dos alemães dos ensinamentos que o passado proporcionou-lhes e, ao mesmo tempo, orgulhoso das minhas raízes, estou elaborando este projeto para sentir a pátria de meus antepassados, mais próxima do meu coração. Além disso, quero proporcionar aos brasileiros a oportunidade de sentir a essência da música em língua alemã, e ao público do exterior, a essência da “alma brasileira”.

A Alemanha foi sede da Copa de Futebol de 2006 e oportunizou ao Mundo, a visão do que é a Alemanha de hoje, extremamente moderna, após ressurgir das cinzas e escombros, resultado da determinação de um povo que sofreu, aprendeu e se reergueu, também, graças ao plano Marschall, que deu o sustentáculo para o impulso econômico. Mas, sabedor que sou que a modernidade não pode suprimir uma cultura histórica e nesse contexto está a Volksmusik, que os “modernos” alemães muitas vezes desprezam, numa vã tentativa de negar o seu trágico passado o que salvo melhor juízo, é um equívoco histórico, pois um povo que não sabe de onde vem não sabe para onde vai. A Alemanha sabe para onde vai, mas não pode e não deve negar, tampouco esquecer o passado. Valores seculares não devem ser esquecidos e sim adaptados; modificados aos novos tempos, sem que se perca a sua essência.

Descendente que sou da cultura germânica, tenho a legitimidade de pesquisar, viver e difundir valores como a música, que são herança cultural de todos que descendem dos povos germânicos. O Mundo vê a Alemanha de hoje com outros olhos, e nesse cenário, um trabalho de Volksmusik se encaixa perfeitamente. É um espaço que já estou ocupando, evoluindo aos poucos, de forma firme e decidida. A coleta de material de pesquisa, definição de estilo musical, as parcerias com colegas músicos para dar um apoio instrumental para iniciar o trabalho, são objetivos já alcançados.

Por quê? Exposição de motivos:

À medida que os anos passam, vai ocorrendo um distanciamento cada vez maior entre os descendentes de imigrantes e suas raízes, em todos os aspectos, em especial na área cultural e especificamente na música. A falta de um referencial vai levando nossa gente a adotar outras culturas como se fosse a sua, perdendo quase que completamente a cultura original, rica, bela e histórica. Estas características podem também estar presentes na nova cultura adotada, mas a identidade do descendente daquele que emigrou de outras terras fica perdida.
Por algum tempo, a partir da 2ª Guerra mundial e com a crescente migração populacional para as grandes cidades, a sociedade brasileira teve no descendente de europeus, principalmente o que se estabeleceu nas áreas rurais, um “colono” que, apesar de respeitado e tido como trabalhador, era considerado “engraçado”, certamente por ser um indivíduo bem diferente do cidadão urbano (era um mundo sem televisão e Internet), a padronização ainda não era a regra! As músicas de grupos do seu meio, as chamadas Bandinhas, eram por vezes causadoras de risos e taxadas como “coisa do interior” e de velhos; música de segunda categoria.
Há tempos atrás havia um comercial de televisão no Brasil, onde uma empresa aeroviária que vendia passagens à Frankfurt apresentava uma bandinha tocando, dizendo que a Alemanha era um país belo, mas induzia sutilmente o telespectador a achar que aquele país tinha um gosto musical estranho e duvidoso. Isso foi extremamente inoportuno e infeliz. A propósito, vemos sempre nas emissoras de TV, presidentes de festas típicas germânicas do interior visitando a imprensa da capital do RS, divulgando as suas festas. Falam de todas as atrações, dentre elas grupos de rock, “reggae”, sertaneja, gaúcha etc., na verdade, um pouco estranhos à festa. Geralmente no final da entrevista, a rainha e princesas dizem: há..., para não esquecer, também vai ter bandinha! ... Os grupos contratados, que não tem nada a ver com isso, vão lá e cumprem o seu papel, geralmente bem, mas aqueles que emprestam sua cultura musical à festa, ficam em 2°plano, o que é inaceitável. Não se prega aqui nenhuma espécie de sectarização, pois todos os estilos são importantes e compõem a cultura musical existente neste país, mas numa festa tipicamente germânica, colocar a música alemã na condição de 2ª categoria é um absurdo tão grande que só se justifica pelos fatos históricos de humilhação impostos aos descendentes alemães, hoje ainda presente no inconsciente coletivo deste povo. Mas é hora de reordenar tais mentalidades e integrar-se com orgulho à nação brasileira da qual fazemos parte, mas não esquecendo suas raízes, tradições e respeitando sempre a cultura de todos os povos.

Na verdade, a visão que se tem no Brasil sobre a música em língua alemã não corresponde à realidade, pois praticamente só se sabe da existência das chamadas “bandinhas típicas” do interior, e que tocam as músicas que animam os bailes. Todo o meu extremo respeito aos colegas, a quem também dedicamos este projeto, que são verdadeiros heróis, pois durante anos não deixaram morrer a cultura-musical alemã, mas a música popular praticada em língua alemã, tanto a histórica como a atual, não é executada, salvo algumas exceções, e os descendentes de imigrantes, com isso, sequer sabem que ela existe. Mas é hora de dar um impulso novo ao estilo Volksmusik aqui no Brasil.

Parece ainda haver uma vergonha da cultura musical popular em língua alemã, certamente remanescente do preconceito urbano das décadas de 40,50 e 60 do último século. No entanto, estamos em um novo tempo, e esta falta de referencial não tem mais motivos para perdurar (e nunca teve!). Deve-se começar a resgatar a própria identidade cultural através da música, que é o maior veículo propulsor desse resgate.

A Volksmusik, versão em língua alemã da música popular, é ainda e deve ser apresentada ao público, não como um projeto de sectarização, mas sim como um elemento agregador, mostrando claramente que o povo de origem germânica possui uma cultura histórica e variada, e que estamos aqui para colaborar com o progresso, em todos os sentidos, deste nosso belo país.

Mentor do Projeto: Pedro Ireneu Dahmer

Tenho uma boa experiência como músico popular, prático, forjado pelos palcos e festivais de música popular, onde alcancei algum reconhecimento e destaque, lançando inclusive em compacto duplo denominado: DAHMER, Sinal dos Tempos, em 1982.
Apesar de ter feito música ao gosto geral do povo brasileiro, sempre existiu um grande vazio na minha alma, que sempre teve apelos fortes direcionados à Volksmusik.
Em 1998, durante 64 dias, conhecendo 11 países da Europa, estive em Munique, na Alemanha, onde participei da OKTOBERFEST daquela cidade e foi onde encontrei o ancoradouro dos meus apelos, pois assistindo ao desfile da abertura da Oktoberfest, bem como freqüentando todos os seus pavilhões, encontrei o que tanto procurava: a minha identidade cultural-musical. Tomado de emoção, entre lágrimas, prometi a mim mesmo, naquela ocasião que, a qualquer custo, faria um trabalho voltado para a Volksmusik, e que mostraria ao Brasil a riqueza e a beleza da música popular germânica.

Retornando ao Brasil, comecei a fazer uma pesquisa de campo, percorrendo todas as festas típicas alemãs possíveis, em especial: Blumenau, Brusque, Joinvile, Treze Tílias (SC) Santa Cruz do Sul, Ivoti, São Leopoldo, Gramado, Nova Petrópolis, Teutônia, Cerro Largo, Santa Rosa, Taquara e Igrejinha (RS), observando e coletando elementos que pudessem enriquecer este trabalho de pesquisa da cultura germânica.

No campo específico da música, pesquisei em inúmeras fontes no sentido de encontrar um repertório inicial que pudesse ser mostrado ao público brasileiro, para que este possa sentir a força, a energia e a vibração da Volksmusik alemã.

Por que um Projeto de Vida?

Por amor à Volksmusik e pela necessidade de ter a música sempre presente na minha alma como integrante definitiva da minha personalidade, pretendo carregar comigo a chama desse ideal, que já vem na minha família desde os primórdios e que foi passando de geração à geração.

Perspectivas de sucesso:

Sem descurar da realidade que me cerca, tenho a convicção e estou dotado de muita fé, de que à médio e longo prazo, após muita organização, ensaios e estudos, criarei e ocuparei um espaço novo nos meios de comunicação brasileiros. Assim estarei resgatando e divulgando a Volksmusik e ajudando a resgatar a identidade cultural dos descendentes de imigrantes germânicos no Brasil, sem que com isso sejam abandonados os vínculos culturais já existentes, como é o caso do gosto especial pela música gaúcha que acompanhou, ao longo dos anos, os descendentes de imigrantes, inclusive aqueles que foram subindo para SC, PR, MS, MT, RO, enfim até o Norte. Tal fato é um exemplo, inclusive para a Alemanha, pois na verdade, e por analogia, a Volksmusik é uma espécie de música nativa alemã, a exemplo da música nativista gaúcha que surgiu e se firmou no mercado, principalmente nos últimos quinze anos, através dos Festivais Nativistas espalhados por todo o Sul do país.

Tenho uma boa experiência, e esta, conjugada com o apoio de músicos contratados e de uma trilha sonora com gravação de instrumentos típicos, “beck-vocais”, tudo em MP3, com alguns instrumentos e voz principal ao vivo, dará um som, vida, energia de boa qualidade, vez que fazer música alemã com poucos músicos é tarefa quase impossível, mas consegui, inclusive com apresentação individual. Tudo isso, aliado a idealismo e entusiasmo, vai proporcionar um trabalho que não deixará morrer as nossas mais belas raízes musicais e culturais.

Histórico do Alemão da Volksmusik:

Pedro Ireneu Dahmer - formado em Direito, exerço o cargo de Analista Judiciário - NS em Unidade Judiciária Federal em Porto Alegre, RS.
Iniciei a cantar muito cedo, desde menino participei de Festivais de Canção Estudantis, vencendo e tendo destaque especial em muitos deles. Já adolescente, venci o IV e V Festival Estadual Estudantil da Canção da cidade de Três de Maio RS, na categoria composição nível universitários, dentre inúmeros outros. Integrei quatro Grupos Musicais da região das Missões, dentre eles: Os Diagonais, Os Filhos do Sol, Os Liberais e Os Imperiais.

Lancei em 1982, o compacto duplo DAHMER, Sinal dos Tempos. Apresentei-me nas mais variadas cidades do RS, inclusive em algumas de SC, PR, MS e MT, bem como na Província de Misiones, na Argentina.

Recentemente fundei o Grupo DEUTSCH-BRASILIANISTCHÊ VOLKSMUSIK que se apresentou em Gramado, Canela, São Leopoldo, Canoas, Portão, Porto Alegre, tendo sempre tido o reconhecimento do público, destaque para o Show nas Festas da Colônia de Canela e Gramado, Festa de aniversário do Reitor Becker da ULBRA em Canoas, em Porto Alegre, na Assembléia Legislativa do Estado do RS, no Parque Farroupilha, Centro Cultural 25 de Julho, Sociedade Germânia, na São Leopoldo FEST e no V FORUM SOCIAL MUNDIAL em Porto Alegre, RS, Brasil.

A partir de outubro de 2005, iniciei carreira solo, acompanhado de músicos especialmente contratados e com apoio de trilha sonora, guitarra e voz ao vivo, apresentando-me na sede da AABB, no Show Prata da Casa do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, de Porto Alegre, no 10º Encontro da Família Dahmer em Teutônia, no Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre, durante a Copa do Mundo, na última Festa da Colônia de Canela, no encerramento da Feira do Livro de Garibaldi; na Semana da Cultura do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e na BIERFEST no Centro Cultural 25 de Julho, todas com o reconhecimento do público.

Estilo de apresentação:

Uso roupa típica de montanhês (feita e bordada em couro legítimo, inclusive chapéu, sapatos), e procuro deixar transparecer a idéia de um Pastor dos Alpes que maneja seu gado na pastagem do alto das montanhas, e que na chegada no inverno desce para os vales, levando os animais enfeitados com flores para abrigá-los nos galpões, onde serão alimentados e protegidos dos rigores do inverno europeu. Mais tarde, na primavera, voltarão para as montanhas, num ritual tradicional. Aliado a isso, acrescento algumas coisas do meu estilo pessoal, cantando inclusive músicas românticas alemãs, bem como, mais ao final do show, se for o caso, algumas músicas para quebrar o estilo, algo do repertório do maior astro da música popular brasileira: Raul Seixas, para o espanto de muitos. Verificou-se na prática, que é uma quebra muito salutar, pois já ouvimos a seguinte expressão: esse alemão é louco! É isso que buscamos, tentando atingir todas as gerações, na linguagem musical adequada, e transmitir a nossa mensagem, tendo em conta o fato de que o público mais jovem tem uma resistência natural aos estilos que não são os da moda ditada pela mídia de consumo.

Dependendo da ocasião, sempre se fará uma sinopse da tradução das músicas, para que o público tenha ao menos uma idéia do significado do que está sendo apresentado. Tenho noções do dialeto que se fala aqui no sul do Brasil, originário da região de Hunsrück na Alemanha, de onde vieram muitos dos nossos antepassados, mas aos poucos, estou procurando desenvolver meus conhecimentos, sabendo por ora, o necessário para cantar em alemão, mesmo que com muita dificuldade em alguns dialetos, pois algumas canções são de regiões remotas, ditos cantões, sendo pouco conhecidos entre nós. E sabemos que existem na Alemanha, mais de 26 dialetos.

CONCLUSÃO:

Enfim, considerando o todo já explanado, tenho a certeza de que este projeto marcará o início de uma nova fase da música alemã no Brasil. Tenho consciência bastante para saber que caminhos devo percorrer para alcançar os objetivos almejados. Vou avançar de forma consciente, equilibrada, entusiasta, mas tranqüila. Vou “arregaçar as mangas” e executar esse projeto, com todos os apoios possíveis, com criatividade, energia e com muita vontade.
Sustentabilidade do Projeto:

Obviamente, para que este projeto se auto-sustente é necessário um aporte de recursos para que se lhe dê o andamento adequado, pois exige muitos custos, tais como o estudo da língua alemã, ensaios, tempo, tradutor de letras, equipamento de apoio, gravação em estúdios, equipamentos eletrônicos, contratação de músicos para gravação, ensaios e shows, viagens, alimentação, hospedagem, transporte etc., tudo necessário para que o projeto avance e se realize na prática.

Preços:

Inicialmente, para incrementar o projeto, um show de até duas horas, com apoio de trilha sonora, participação de dois músicos (com um som de dez), terá um custo aproximado de R$ XXXXXXXX, mais a hospedagem e refeições que serão arcadas pelo contratante, sendo as demais condições negociadas oportunamente, se for o caso.

Oktoberfest:

Como esta festa tem uma característica muito especial, com vários palcos e vários dias de festa, poderá ser contratado um preço especial, ou seja, por exemplo: R$ XXXXXXXX para 4 ou até 5 apresentações, de até duas horas cada, e que poderão ser em dias diferentes, especialmente em finais de semana, ou seja: na sexta, sábado e domingo, estando neste preço já incluso o transporte, ficando a alimentação, e eventual hospedagem, por conta dos contratantes, se for o caso, pois não havendo show no dia seguinte, tal despesa inexistirá.

Observação:

O equipamento de som a ser utilizado nos Shows será aquele contratado pelas Festas (equipamento oficial), sendo que os instrumentos dos músicos, bem como pedais, trilha sonora, MP3, etc. serão levados pelos músicos contratados.

SHOWS BENEFICENTES:

Além dos shows devidamente remunerados, também pretendo realizar shows beneficentes, chamados “blitz-shows”, ou seja: Shows relâmpago, de forma gratuita, em Porto Alegre e nas cidades da grande Porto Alegre, em Hospitais, Lar de idosos, Creches ou entidades que abrigam menores, colégios, enfim, onde for constatado que existem pessoas que querem e merecem a presença do Show de Volksmusik.

Portanto, em síntese, cobra-se de quem pode pagar e não se cobra nada das entidades de caráter beneficente e filantrópico. Para que isso ocorra é necessário apenas um contato com antecedência, verificação da possibilidade e adequação do show ao local e demais condições.

CONTATOS E CONTRATOS:

DAHMER, o alemão da Volksmusik
Fones: 51- 99677569 e ou
51- 3336-1050 (à noite)
Email : http://br.f332.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=pedrodahmer@terra.com.br
http://br.f332.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=alemaodavolksmusik@ig.com.br
http://br.f332.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=pedrodahmer@ig.com.br
PORTA RK–S1Kuehle,Verônica Sonia

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