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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Terça-feira 13, um dia de denúncias na Fundação de Cultural de Jaraguá do Sul

Funcionários integrantes da Divisão de Patrimônio recebendo Comissão Comunidade Cemitério Brustlein, livre e atuante.

A Sra Dirce Nunes, Ademir Pfiffer, Silvia Kita e o Sr Egon Jagnow, no exercício de ouvir os interessados na defesa da história de Jaraguá do Sul, na sala de reunião da Sra Natália Lucia Petry.
Os moradores do Czerniewicz que formam a Comissão Pró-resgate deste cemitério são defensores do interesse da coletividade, é gente muito simples, mas de consciência pela obrigação de defender coletivamente, o patrimônio da história dos nossos antepassados.
Os senhores Max Schubert e Helmuth Guilherme Duwe (in memorian), os quais são personagens significativos, estão entre os 87 sepultados no Cemitério Brustlein. Eles respectivamente, são símbolos da história política e da educação de nossa cidade, os quais são exemplos a ser seguidos por outras gerações. Será muito dificil de ser real o resgate histórico dos moradores da "cidade dos mortos", diante desse quadro destrutivo do patrimônio cemiterial, pelos agentes do capitalismo selvagem, de olho no lucro e avalizados por algumas famílias luteranas, que ingenuamente delegaram à terceiros, a história da sua família em troca de alguns reais.

Documentos reveladores de uma história vergonhosa recheada de milhões de reais, os quais anulam a história de Jaraguá do Sul.





Mapa que revela o lucro de quem não respeita a memória, a história e o patrmônio da arte cemiterial.

Noticias na imprensa local revelam que no ano do Centenário da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, iremos pagar o "mico" por não considerarmos e respeitarmos a história dos nossos primeiros luteranos. Confira na matéria do Sr Adelmo Müller, jornalista qualificado e atuante em nossa cidade, em prol da ecologia e da cultura patrimonial:

"CEMITÉRIO VERTICAL ENVOLVE TANTOS MISTÉRIOS QUANTO TÚMULOS HISTÓRICOS

A população do bairro amizade, em Jaraguá do Sul, se colocou contra um cemitério vertical que a Leier Administradora de Bens esta edificando no topo do Cemitério do Imigrante, localizado às margens da Rua Jorge Czerniewicz, e tombado como Patrimônio Histórico do Município de Jaraguá do Sul ainda na administração Ivo Konell, há quase duas décadas. “Lá esta enterrada a história de Jaraguá do Sul", diz um historiador, lembrando que, por exemplo, Max Schubert, que dá nome a escola do Bairro, esta sepultado lá”. Sem autorização sequer da Prefeitura para edificar obras no cemitério histórico do Município, os proprietários da Funerária Leier começaram construção no local desde setembro do ano passado e já são cerca de 200 gavetas para manter defuntos, em espaços semi acabado, explicou ontem um líder político daquele bairro, frisando que hoje pela manhã uma comissão contrária ao empreendimento esta reunida com membros do Conselho de Patrimônio Histórico de Jaraguá do Sul, para juntar documentação do Decreto que declarou o Cemitério Patrimônio Histórico do Município, e que junto com um abaixo-assinado dos moradores do Bairro Amizade, dará entrada com Mandado de Segurança no Fórum da Comarca de Jaraguá do Sul solicitando Liminar para paralisar as obras e buscar apurar responsabilidades.
Já o secretário de Obras de Jaraguá do Sul, engenheiro e vereador Afonso Piazera Neto, num debate na RBN TV, disse que “como é uma obra particular, não precisa de alvará para construção, o que é um absurdo”, frisou, mas pedindo anonimato um ex-secretário municipal e ex-vereador de Jaraguá do Sul, “porque antes de se construir, é preciso solicitar o a alvará na Prefeitura”, garantiu. Foi no último dia 7 que a Leier teria dado entrada com pedido de alvará de construção na Prefeitura, porém não teria sequer entrado com pedido de autorização da Fatma para construir referido cemitério vertical, - e uma edificação similar em Joinville, onde o órgão tem o escritório regional, a paralisar o empreendimento. A Leier, explicou a mesma fonte, teria sido agraciada com a área pela Associação Brustlein, uma entidade fundada em 1900, quando implantado o cemitério, para administrá-lo, mas há muitos anos estava acéfala e com o passar do tempo, caiu no esquecimento. Mas em meados de 2004, alegam os interessados no empreendimento, até pela falta de manutenção e limpeza no cemitério, foi feita a proposta feita pela Leier de administrar o cemitério desde que fosse feita doação legal da área para a empresa particular que explora até plano de sepultamentos em Jaraguá do Sul. Diante disso foi juntada papelada e reconstituída a Associação Brütlein, com finalidade única de assinar documentação passando a área do tradicional cemitério para a empresa Leier, e assim deram entrada com documentação no cartório Bartel, de Guaramirim, mas devido demora, alegam, foi retirada à papelada dali e dado entrada no cartório de registro de imóveis de Corupá, que fez referida transferência de registro, passando a propriedade do cemitério da Associação Brüstlein para a Leier, - nesse cartório também estariam sendo feita documentação de áreas que pertencem a União, na Serra do Mar, para particular que dizem ter direito por uso-campeão, mas nunca antes lá esteve, como alegam..."
Jornal Absoluto – 13/02/07
“Ninguém deverá procurar em cemitérios brasileiros obras de arte acima do nível cultural da sociedade. Compradas às necrópoles européias, famosas e integrantes de roteiros turísticos, as nossas certamente são de menor importância, porém não de menor interesse...” Clarival do Prado Valladares

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