A Comunidade do Cemitério Protestante “Brüstlein”, localizado no antigo picadão do Itapocu- Hansa, hoje bairro Czerniewicz, teve origem na propriedade da família Sohn.
Ao longo de 10 décadas, ou seja, o cemitério está completando em 16 de dezembro de 2007, 106 anos de fundação, marco considerado inaugural, tendo em vista o primeiro sepultamento ali realizado, da Sra Gertrud Todt (16/12/1901). Ao todo foram realizados 86 sepultamentos, cujo último sepultamento foi da Sra Herta R. Duwe (24/11/2005).
No dia 12 de janeiro de 1936 foi oficializada a referida Sociedade, quando foi eleita e empossada os membros da diretoria, assim constituída:
Henrique Sohn – Presidente
Oswaldo Gumz – Vice- Presidente
Paulo Sohn e Adolfo Eissler – Thesoureiros
Todavia, na data de 28 de julho de 1936, o terreno foi adquirido do Sr Alberto Verch, conforme a escritura pública no Cartório de Mario Tavares da Cunha Mello e registrada, no Registro de Imóveis, em 12 de setembro de 1936.
Em setembro de 2006, o Sr Silvino Leier adquiriu os terreno da referida Sociedade, sob o registro 53.642, mudando substancialmente, a paisagem artificial do cemitério de horizontal para vertical.
“Ninguém deverá procurar em cemitérios brasileiros obras de arte acima do nível cultural da sociedade. Compradas às necrópoles européias, famosas e integrantes de roteiros turísticos, as nossas certamente são de menor importância, porém não de menor interesse...” Clarival do Prado Valladares
CARO ADELMO, BOM DIA...
Acabei de ler a matéria sobre a questão do Cemitério no bairro Czerniewicz. Verifiquei que não consta claramente o motivo do protesto. São contra pelo ser contra. Parece que em Jaraguá do Sul, tudo é motivo para ser contra. Ninguém quer em seu bairro, obras que possam, segundo eles, vir a causar transtorno. Foi assim em relação ao aterro sanitário, e mais alguns outros...
Nós, aqui na Barra do Rio Cerro, para quem não lembra, estamos muito próximos do PRESÍDIO. Não quero causar comparações indevidas, mas não é a mesma coisa? Em algum lugar, os mortos terão que descansar. Os lugares hoje utilizados, estão saturando ou até saturados...
No mesmo caso, o lixo produzido por Jaraguá do Sul, tem que ter destinação em algum lugar na cidade de Jaraguá do Sul. Daqui a pouco, como foi há pouco tempo com o lixo, teremos que enterrar nossos mortos em cidades vizinhas. O problema ambiental é comum a todos. Peço que reflitam no sentido amplo da situação. Não somente no interesse próprio ou individual, ou até com outras pretensões. Não critiquem somente. Tragam soluções.
Soluções do tipo coletivo, e não somente que resolvam o meu problema, e deixando para os outros. No Brasil, a destinação de mortos tem obrigações legais, que se não forem adequadamente cumpridas, poderão acarretar medidas judiciais... Você não pode enterrar um ente querido no quintal de sua casa. Não vai demorar, algum projeto poderá privatizar os cemitérios, e o proprietário deste empreendimento poderá atender toda a legislação ambiental, e vai cobrar, e muito bem, para quem queira enterrar seus mortos nestes locais... E então, quem vai nos defender ??? Vamos somente jogar a responsabilidade para o poder público??? O problema é de todos, para todos...
Elemer Kroeger - ksckad@netuno.com.br
Jornal Absoluto- 07/03/07
Patrimônio
Parte de cemitério é tombada (6 de maio de 2008. | N° 44 - ANJaraguá)
Local ainda enfrenta impasse entre proprietário e moradores sobre a construção de sepulturas verticais
O Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural (Comphaan) determinou o tombamento de parte da área do antigo Cemitério Brüstlein, no bairro Czerniewicz. A área tem 4.663 metros quadrados. Um pouco mais de 800 metros quadrados serão protegidos por lei.
Segundo a presidente do Conphaan, Marilene Giese, que acatou o parecer da comissão técnica, a área tombada também deverá ter acesso pela rua Ildo Formigari, nos fundos do cemitério. A resolução 016/2008 do Comphaan sugere o desmembramento do terreno não-incluído no tombamento. No terreno, não serão permitidas construções.
O local foi inaugurado no início do século 20 e hoje pertence à Leier Empreendimentos. A empresa quer construir um cemitério vertical, mas enfrenta resistência dos moradores. Eles temem a desvalorização dos terrenos. Com a pressão da Associação de Moradores do Bairro Czerniewic, a obra foi embargada pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) há um ano e meio.
Há cerca de 20 dias, o secretário de Obras, Oldemar Bonatti, enfatizou que a área sempre pertenceu à comunidade e que recentemente foi comprada pelo grupo Leier. Na ocasião, Bonatti reconheceu que o lugar não é o ideal para a expansão de um cemitério porque está em área central. "A decisão não cabe a nós. Com a licença ambiental, liberaremos a construção", disse Bonatti.
Rafael Peggau, que integra a comitiva contrária ao cemitério vertical, confirmou que o grupo está montando um processo de busca de informações técnicas e legais sobre a construção, juntamente com a associação de moradores. Em fevereiro de 2007, a comitiva protocolou pedido de embargo da obra na Prefeitura de Jaraguá do Sul.
O representante da Leier Empreendimentos, o advogado José Carlos Mendonça, confirmou ontem que a decisão do Ministério Público ainda está pendente. "Enquanto isso, providenciamos outros empreendimentos", resume.
Nenhum comentário:
Postar um comentário