Publicado em 31 de ago de 2017
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional realizou no Vale do Rio da Luz, no Município de Jaraguá do Sul (SC), uma Audiência Pública para debater em conjunto com a comunidade os parâmetros, regramentos e diretrizes relacionados à preservação dos bens tombados naquele vale, incluindo o Texto Alto, no território de Pomerode (SC), pois são considerados Patrimônio Cultural Brasileiro.
A história do inicio da colonização remonta o ano de 1864, quando Emil Odebrecht abriu o Caminho Passo Concórdia, ligando os atuais municípios, Pomerode e Jaraguá do Sul. Ou seja, ligando as localidades de do Rio do Testo ao Rio da Luz, consequentemente, abrindo o primeiro caminho para circulação de pedestres, cavaleiros e carroceiros.
Com essa iniciativa naquele longínquo ano, acelerou-se o assentamento naquelas comunidade rurais de povos de origem germânica como, pomeranos e alemães, inclusive com a presença de algumas famílias de suecos.
Passado mais de um século de reminiscências, os dois municípios foram incluídos como áreas de Paisagem Cultural Brasileira, no cadastro e registro de patrimônio nacional, um orgulho para quem conheça a história e o legado cultural dessa colonização.
A ação do tombamento durante anos foi escondida sob o tapete das salas dos gabinetes da classe política, o que abriu caminho para inúmeras controvérsias e desgostos, em dez anos de tombamento.
Todavia, o retorno da equipe do Iphan, em 29 de agosto de 2017 trouxe novas perspectivas, pois a comunidade compareceu visando apontar a insatisfação, bem como ouvir quais os caminhos, que serão construídos com a nova portaria de regramento, que será elaborada coletivamente, através de amplas discussões em cinco grupos de trabalho, Rio da Luz I, Rio da Luz II, Rio da Luz Vitória, Rio da Luza (lado pequeno ou logradouro Erwin Rux) e Sohnstiefe.
Entre acalorados debates, com a presença de lideranças de influências no campo político ou voluntariado, dos municípios de Pomerode e Jaraguá do Sul escolheu-se o caminho do diálogo construtivo, fundamentado no planejamento cooperativo e participativo.
Agora, é o momento de colaborar e construir os parâmetros, através de diálogos construtivos, para salvaguardar a história do povo vencedor, o pomerano - brasileiro e o teuto-braisileiro.
Liane Nizzola, presidente do Iphan de Santa Catarina.
Ademir Pfiffer – Historiador
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