É um instrumento virtual, capaz de explorar e mostrar os traços da história, do folclore e da cultura do Vale Itapocu. Portanto, a missão do blog é ser um veículo de comunicação aliado à história de nossa gente.
Estatística
domingo, abril 10, 2011
Turismo Vale europeu - Alexandre Torres, turismólogo
Turismo Vale europeu - Alexandre Gomes, turismólogo da cidade de Timbó (SC), na Festa Pomerana difundindo marketing cultural e tursitico, da região do Vale Itajaí. Jaraguá do Sul (SC), no Vale Itapocu, ainda está distante de uma realidade assim. Ademir Pfiffer - Historiador
quinta-feira, abril 07, 2011
6º Encontro de Músicos da Cultura Alemã 53
6º Encontro de Músicos da Cultura Alemã (vídeo 53). Nesta apresentação o Grupo Folclórico Dunántúl mostrou ao público, que a dança do Leste europeu tem suas próprias características. No passado as mesmas eram dançadas no salões da região da Estrada Garibaldi, onde ocorreu a imigração suábia e húngara. O Salão de Georg Wolf (arquitetura em enxaimel), local onde durante a semana funcionava um comércio de secos e molhados, também tinha uma ampla sala para dançar músicas folclóricas européias, ao som de bandoneon, cítara e violino. Posteriormente, veio as bandinhas com instrumentos de sopro e metais.
Ademir Pfiffer - Historiador
6º Encontro de Músicos da Cultura Alemã 52
6º Encontro de Músicos da Cultura Alemã (vídeo 52). Apresentação especial do Dunántúl, grupo de danças folclóricas húngaras, ligado ao movimento étnico dos suábios e húngaros, de Jaraguá do Sul (SC), presente há 120 anos na história da imigração de nossa cidade. No Botafogo, o grupo folclórico veio em virtude das homenagens que receberam em detrimento do evento clubístico da Barra do Rio Cerro.
Ademir Pfiffer - Historiador
terça-feira, abril 05, 2011
Biografia do século XX: Emílio da Silva
Um livro sobre Emílio da Silva... de autoria de José Alberto Barbosa
Um livro sobre Emílio da Silva... de autoria de José Alberto Barbosa
Conheci Emílio da Silva logo depois de 15 de agosto de 1959, estando eu nos meus 20 anos, quando passei a visitar Jaraguá do Sul; todavia, à época, meu convívio com o mesmo foi quase nenhum, pois minhas estadias em Jaraguá do Sul eram curtas. Verdade que tinham ele e Magdalena morada na mesma rua Elisa Stein (depois, renominada rua Pastor Ferdinand Schlünzen) em que residia minha futura esposa, Maria Eunice Dellagiustina; e esta e família eram íntimos de Emílio, Magdalena e os seus. Visitavam-se, queriam-se bem e herdei tal amizade. Minha querida Maria Eunice era amiga de suas filhas e filhos e mesmo colega de Érica e de Elvira, duas das filhas do casal. Já então, naquele lar dos Dellagiustina, ouvi comentarem muito do virtuosismo musical de Emílio, ao qual fui logo apresentado; e porque música é uma de minhas paixões, tão belamente gravei isto no espírito que sempre o imaginei ali, executando com Maria Eunice as mais doces e harmoniosas peças e o que, infelizmente, não tive ocasião de presenciar; não tinha ele obras publicadas e eu desconhecia por isso seus naturais pendores como escritor, como historiador, bem como o rico acervo cultural conservado em sua casa, o qual era a semente do futuro Museu Histórico de Jaraguá do Sul Emílio da Silva. Nossos contatos foram então raros e rápidos. Estava eu, ademais, ainda engatinhando em meus estudos histórico-geográficos e escritos literários. Porém, em 1973 assumi a Promotoria na Comarca de Jaraguá do Sul e pelo menos já em 1974 floresceu dentre nós uma amizade espontânea e íntima, movidos ambos, aí sim, pelo amor aos temas histórico-geográficos. Eu publicava meus artigos e poemas em jornais da região e era comum que Emílio me visitasse em razão disto, em meu gabinete, no Fórum, onde proseávamos muito; e ele ia me enriquecendo culturalmente. Considero-o, assim como a Amadeus Mahfud e Eugênio Vitor Schmöckel, como dos meus melhores mestres em temas históricos, geográficos e toponímicos, pois deles ganhei muitas e belas lições. Para muitos como eu, não apenas os que foram seus alunos nos bancos escolares, Emílio da Silva foi um Ebenholz Lehrer, um Mestre de Ébano. Também Frei Aurélio Stulzer, S.J., dele disse que descobriu em Emílio um desbravador da cultura. De fato, colhi ouro em suas lições e em seus escritos, particularmente no seu livro intitulado Jaraguá do Sul – IIº Livro – Um Capítulo da Povoação do Vale do Itapocu. Emílio foi pioneiro em muitas obras e atividades relevantes, qual o ensino pelo método da Escola Nova, neste nosso Vale do Itapocu; foi o primeiro a realizar um mapa topográfico de Jaraguá do Sul, além de haver feito mais mapeamentos na região; foi dos introdutores e o primeiro inscrito em Jaraguá do Sul do Integralismo, movimento recém fundado por Plínio Salgado e que era pleno de catolicidade; Emílio foi construtor, agrimensor, fotógrafo amador, pioneiro na atividade museológica; também dos pioneiros na música, especialmente no cultivo da música erudita e formação de grupo orquestral, sendo dos fundadores da SCAR – Sociedade Cultura Artista, que atualmente é um verdadeiro monumento à cultura e de projeção mundial. Teve ele, também, uma importância paralela no campo da indústria pesada, eis que de sua descendência proveio em parte fundamental esse portento industrial que é a WEG, que já abrange grande quantidade de países e leva o progresso a muitas Nações. Acontece que Emílio da Silva, depois de viver e vivenciar quase todo o século XX, se foi para os Jardins da Eterna Felicidade; e nós restamos aqui, saudosos do nosso Mestre de Ébano. Então, sucedeu que, em inícios do ano de 2006, o saudoso Sr. Carlos Humberto Pederneiras Corrêa, então DD. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, sabedor que Emílio da Silva seria homenageado em Jaraguá do Sul e sendo eu um membro da Instituição, solicitou-me dados biográficos daquele agente e registrador da nossa História local e, bem assim, a remessa para o acervo daquele Instituto, de exemplares do seu precioso livro. Eu tinha muitos apontamentos meus sobre Emílio, porém, jungido por muitos compromissos literários, não pretendia escrever ainda um livro sobre ele. Não me sobrava tempo para isso. No atendimento a tal apelo, fui colher elementos com o amigo Eggon João da Silva e com ele e com apoio do Museu da WEG, coletei e fiz àquele Instituto a remessa do livro solicitado, nas versões existentes e, quanto aos dados biográficos, também os remeti como solicitado me fora. O amigo Eggon João da Silva já teve uma expectativa de que eu escrevesse um livro, o que me sensibilizou. Tive a ideia, então, de escrever apenas um livreto sobre Emílio, todavia, o historiador Ademir Pfiffer, do Arquivo Histórico Eugênio Victor Schmöckel animou-me a ir adiante e a produzir um trabalhado muito mais amplo, dando-me pessoalmente grande ajuda, orientações e subsídios. A Administração daquele Arquivo na pessoa da Sra. Sílvia Regina Toassi Kita, como também a do Museu Histórico de Jaraguá do Sul Emílio da Silva na pessoa da Sra. Ivana Aparecida C. Cavalcanti e franquearam-me exame dos acervos de Emílio neles existentes e o livro foi crescendo, sendo que Ademir Pfiffer, Alcioní Macedo Canuto, Érica da Silva Cyrineu, Amadeus Mahfud e outras várias pessoas por mim entrevistadas foram me dando multiplicidade tal de informes sobre Emílio, de sorte que a obra tornou-se volumosa. Todavia, faço justiça a Ademir Pfiffer: foi ele o principal responsável por ser a obra assim tão vasta, pois, separou para mim, pessoalmente, centenas de fotografias para minha escolha; saiu a campo comigo; levou-me a visitas, fotografou; fez a meu pedido exames seguidos do texto, foi crítico severo e disposto incentivador e mostrou-me rumos para mim novos, levando-me a pesquisar mais e mais. Enfim, o livro está pronto. Ele é escrito num estilo ora romântico, mesmo poético, ora crítico e científico, visando aos leitores numa totalidade, buscando ser agradável e útil, devendo servir por igual a estudantes e a profissionais, a historiadores e demais pesquisadores e, ao mesmo tempo, como uma fonte onde amigos de Emílio da Silva possam simplesmente matar as saudades.
Jaraguá do Sul, 29.03.2011.
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